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13.2.06

APROTED - Carta de Princípios

A Associação de Professores de Teatro Educação norteará a sua actividade pelos seguintes princípios:


1. Lutar pela implementação do Teatro Educação/Expressão Dramática, como disciplina curricular, em todos os ciclos e níveis de ensino do Sistema Educativo Português.

2. Promover iniciativas com o objectivo de divulgar e demonstrar as potencialidades do Teatro Educação/Expressão Dramática enquanto instrumento pedagógico-educativo fundamental para a formação do aluno.

3. Eleger o Teatro Educação/Expressão Dramática como uma disciplina com características técnico-artísticas e pedagógicas próprias, que a diferenciam de outras áreas teatrais, e que exige uma formação académica específica.

4. Promover a dignificação do estatuto do professor de Teatro Educação/Expressão Dramática no meio escolar, exigindo do Ministério da Educação a criação de um Grupo Disciplinar de Teatro Educação que enquadre os docentes ao nível das habilitações académicas, competências técnico-artísticas e pedagógicas, exigidas para leccionar, bem como da progressão na carreira, à semelhança do que acontece com os docentes das demais áreas disciplinares.

5. Lutar para que o trabalho de qualidade desenvolvido na área do Teatro Educação, ao longo de muitos anos, por professores dos Quadros de Escola, seja avaliado e reconhecido pelo M. E., permitindo a estes docentes, se o desejarem, a transição para o Grupo Disciplina de Teatro Educação.

6. Em prol da qualidade do ensino e da justiça na contratação de docentes, defender a criação de um Concurso Nacional para contratação de professores das disciplinas curriculares da área de Teatro Educação, que estabeleça critérios específicos para a graduação dos professores candidatos, dando prioridade aos que tenham formação académica de base na área de Teatro Educação e respectiva profissionalização através de Estágio Pedagógico em estabelecimento de ensino do Ministério da Educação.

7. Procurar que todos horários das disciplinas da área de Teatro Educação sejam sujeitos a concurso público, impedindo que o teatro nas escolas continue a ser leccionado por “curiosos” ou seja usado como mero expediente de docentes de outras áreas disciplinares alcançarem tempo de serviço, ou da administração escolar preencher horários “zero”, num manifesto desprezo e subalternização da arte na educação.

8. Lutar pela extinção dos concursos por Oferta de Escola para a contratação de docentes da área de Teatro Educação, vistos os critérios exigidos pela generalidade dos órgãos de gestão, serem arbitrários, contraditórios, injustos, e protegerem interesses pessoais, em vez de proporcionarem a escolha dos docentes com habilitação mais apropriada para a leccionação da disciplina.


9. Sensibilizar os órgãos de gestão das escolas, enquanto não for criado um Concurso Nacional ou definidos critérios específicos pelo M.E, para seguirem pressupostos pedagógicos e defenderem a qualidade do ensino, dando prioridade na contratação aos candidatos que apresentam qualificações académicas de base na área do Teatro Educação e respectiva profissionalização através de Estágio Pedagógico.

10. Denunciar publicamente e incentivar os prejudicados a impugnar os concursos em que professores com habilitação profissional na área do Teatro Educação são preteridos por professores sem qualificações ou com qualificações inferiores, ou no caso dos horários serem atribuídos sem concurso público.

11. Fazer um levantamento das escolas portuguesas que ofereçam a disciplina de Oficina de Teatro do 3º Ciclo do E. Básico, o Curso Tecnológico de Acção Social, que desenvolvam projectos próprios: teatrotecas, clubes de teatro, disciplina de oferta própria, bem como as escolas que regularmente ofereciam a OED do Secundário, antes da sua extinção, de modo a possibilitar uma colaboração mais eficaz com essas escolas.

12. Incentivar as escolas que não têm oferta artística na área do Teatro Educação a disponibilizá-la aos seus alunos, e às que a têm de forma reduzida, a intensificá-la.

13. Sensibilizar o M.E. e os órgãos de gestão das escolas para, progressivamente, irem construindo ou afectando salas, com carácter definitivo, para a prática do Teatro Educação, de modo que seja possível leccionar a disciplina com as condições mínimas exigíveis.

14. Divulgar a oferta formativa, de nível académico, na área do Teatro Educação, em Portugal e no estrangeiro.

15. Estabelecer contacto com universidades e outros estabelecimentos de ensino superior ou politécnico portugueses de forma a aumentar a oferta e estabelecer currículos mínimos comuns para os cursos da área de Teatro Educação, quer ao nível técnico-artístico, quer pedagógico.

16. Incentivar, junto dos responsáveis dos cursos de Teatro Educação, a reflexão e investigação sobre esta área específica, bem como a divulgação dos trabalhos de qualidade realizados nestas instituições.

17. Exigir aos responsáveis dos cursos de Teatro Educação e aos reitores das respectivas universidades que assumam as suas responsabilidades e pressionem o Ministério da Educação no sentido de serem dadas as mesmas oportunidades aos professores formados nestes cursos, relativamente a todos os outros docentes saídos dos diversos cursos da via ensino.


18. Promover e enaltecer as práticas do Teatro Educação/Expressão Dramática em projectos de educação, animação e integração sócio-cultural, nomeadamente junto das câmaras municipais, juntas de freguesia, associações culturais e de moradores, Ministério da Cultura, Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, bem como dos governos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira ou outras que venham a ser constituídas.

19. Estabelecer conversações com as associações representativas dos cidadãos com deficiência e com as instituições que colaboram na sua formação, de forma que o Teatro Educação possa contribuir para a integração social e profissional dessas pessoas.

20. Organizar, promover e participar em encontros de professores de Teatro Educação.

21. Estabelecer intercâmbios com outras associações congéneres, portuguesas ou estrangeiras, que se dediquem à divulgação, incremento e investigação das práticas do Teatro Educação.

22. Apoiar a criação e divulgar o trabalho de grupos, companhias ou projectos de intervenção direccionados para o Teatro Educação.

23. Divulgar ofertas de trabalho, concursos do M. E. ou outros, aos seus associados.


24. Criar estruturas e as parcerias necessárias para a publicação, periódica, de uma revista sob a temática Teatro Educação, bem como apoiar a publicação, por parte de associados, de trabalhos relevantes nesta área.

25. Divulgar as actividades da APROTED, bem como, artigos, trabalhos, obras, encontros, conferências, cursos, acções de formação, entre outros, relacionados com o Teatro Educação através de uma página própria na Internet.

COMENTÁRIOS
Foi com satisfação e, confesso, alguma surpresa que vi chegar à escola um professor contratado para leccionar a opção de teatro do nono ano.
Já lá vão muitos anos...
Satisfação porque havia aquela vontade de articular o texto com a representação (coisas de professores de português...), surpresa por ver que afinal a acção do "professor especialista" levava os "meninos" para outros voos mais criativos, levava-os a uma outra forma de ver as coisas e tudo isto, pasme-se (pasmava-me eu), pela via do jogo, do lúdico.
Fui levada a questionar tudo o que fizera antes na sala de aula, a querer perceber o porquê de tudo aquilo...
Depois assisti à evolução natural, num trabalho mais aprofundado em regime de Oficinas de Expressão Dramática. Quando era possível pedia ao colega para assistir às suas aulas e ele dizia: - Só se participares.
E participei ao lado dos alunos. Era divertido mas era, sobretudo, muito sério... brincar, jogar é muito importante.
Mas os nossos governantes não percebem. Nunca perceberam.
Foi com satisfação que vos descobri na internet. E foi com mágoa que percebi que as Oficinas de Expressão Dramática do secundário já morreram. Que os professores especialistas continuam a trabalhar por contrato...
Que voltámos para trás.
que voltámos ao tempo do professor faz-tudo mesmo que não saiba fazer.

O faz-tudo / faz-de-conta.

Muita sorte para o vosso projecto!...
Maria Adelaide ex professora de português-francês (reformada)

TEATRO na EDUCAÇÃO - Firmino Bernardo

Garrett dizia que “o teatro é um excelente meio de civilização, mas não prospera onde não a há”. A primeira parte da frase mostra-nos que o Teatro deveria ter um papel privilegiado nas escolas. A segunda parte mostra-nos por que é que o Ministério da Educação se esquece dele.
Esquecer talvez não seja a palavra certa, até porque será fácil encontrar muitas referências à Expressão Dramática em várias “declarações de intenções” do Ministério. O problema é que as medidas concretas insistem em contradizer as intenções. Por exemplo, o Documento Orientador da Reforma do Ensino Secundário de David Justino, que acabou com a Expressão Dramática no Ensino Secundário Regular, contém frases quase poéticas sobre a importância das artes na Educação.
Acabada a Expressão Dramática no Ensino Secundário, resta-nos a Oficina de Teatro no 3º Ciclo. Para quem não sabe como funciona, nada melhor que fazer um resumo.
No 3º Ciclo, as escolas têm de ter uma disciplina na área artística, que pode ser Dança, Música, Teatro ou “outra qualquer”. A grande maioria das escolas opta por “outra qualquer”. Conheço até uma escola que optou por uma disciplina igual à Educação Visual (que os alunos já têm), mas com outro nome, para o descaramento não ser muito grande.
Felizmente, há escolas com outras opções. Seja como for, a disciplina escolhida é semestral, leccionada uma vez por semana. Para a equipa do Ministério da Educação, é mais do que suficiente. Na cabeça deles, em Dança, aprende-se umas coreografias a partir dos videoclips dos D’ ZRT, em Música, aprende-se a cantar o “Atirei o Pau ao Gato” e em teatro, dá-se uns saltos, veste-se umas fatiotas e debita-se umas frases.
Para as escolas que optam por Oficina de Teatro, como é que o Ministério escolhe os professores? É simples. Escolhe os professores efectivos, de qualquer disciplina, com horário zero ou incompleto. Se tiver feito umas coisitas lá no grupo amador da Casa do Povo, está mais que apto para ser o “ensaiador” dos putos. Procura-se uns exercícios nuns livritos, uns textos para uma récita, umas fatiotas para a festa de Natal e completa-se mais um horário.
Mas, se tiver mesmo que ser, se não houver nenhuma alternativa, contrata-se um professor especializado, só por um ano. Mas, atenção. A escola só pode abrir o concurso depois de pedir autorização ao Sr. Secretário de Estado, que isso da Autonomia é muito bonito, mas é só para o que convém. Claro que o Senhor Secretário de Estado não autoriza o concurso cedo demais, porque é necessário dar a entender que o caso tem de ser estudado à exaustão e, se por acaso os alunos só começarem a ter a disciplina em Novembro, sempre são dois meses de salário que o Estado poupa.
Alguns destes professores contratados até têm uma licenciatura específica para o efeito, com formação teatral e formação pedagógica, são profissionalizados e tudo, os pobrezinhos. Não têm é grupo de docência, senão até se corria o risco de terem um concurso normal e ficarem à frente de quem não tem formação, e isso o Ministério não pode permitir, que o Estado está gordo e na Educação é que é preciso poupar.
Entre 6 a 10 de Março, no Centro Cultural de Belém, decorrerá uma conferência Internacional sobre a Educação Artística, organizada pela UNESCO. Não faltarão as Ministras da Educação e da Cultura, com discursos vagos, mas bonitos, fingindo-se muito interessadas com estas questões. Não faltarão aplausos acríticos. Os mais atentos notarão que elas não fazem ideia do que é a Educação Artística, o que de resto até é coerente com a ignorância noutros campos dos respectivos ministérios.
No fundo, temos os políticos que merecemos. Habituámo-los de tal forma a receber aplausos quando anunciam medidas que nem sentem necessidade de as pôr em prática. Talvez devêssemos mudar de atitude. Da próxima vez que ouvirmos um político anunciar intenções, em vez de aplaudirmos, dizemos em coro: “E está à espera de quê?”.
Firmino Bernardo

educar... PARA AS ARTES YEEEEE! in Canalizador das Almas

Tomamos conhecimento (através dos pasquins do burgo) de que em Lisboa se realizou a 1.ª Conferência Mundial sobre Educação Artística, organizada pela UNESCO. Disseram eles que para um debate (caloroso) sobre a importância da educação na área das Artes.
Essa Conferência Mundial sobre Educação Artística - Centro Cultural de Belém - conta, ou contou, com a participação de professores, investigadores e "peritos ligados ao ensino das práticas artísticas" (vejam só... tanto perito neste país e ninguém sabia), como artes visuais, performativas (... e a performance chegou ao ensino no país do sr. silva?), dança, música, teatro, escrita criativa e poesia (oh la la). A iniciativa pretendia (neste país onde se acabou com tudo o que é arte no ensino) promover o papel das Artes no desenvolvimento humano (vejam só), nomeadamente a criatividade no ensino das práticas artísticas nas escolas (espantemo-nos todos), sobretudo aos alunos mais desfavorecidos social e economicamente (oh!...). Ficamos a saber que este molhinho de boas intenções culturais e artísticas (e não só) dos organizadores só pode ficar por ali (pelo CCB - para bem dos peritos, na escola é uma maçada). e os senhores que frequentaram o evento e deram muitas opiniões (para além de se pavonearem pelos corredores) foram precisamente os mesmos que acharam que era o momento de acabar com as oficinas de artes e de expressão dramática no ensino secundário. Ora bem:... Num país onde o ensino artístico é um enorme zero, onde os professores com formação artística não têm espaço na escola, onde o ensino secundário é um deserto, sem uma única disciplina de educação estética, e onde, qualquer professor com horário zero pode leccionar a nova disciplina de teatro no ensino básico (para quê formação artística, vai-se a uma conferência e pronto. já está)... estas conferências sobre arte na educação devem dar muita tusa...(?)
In: http://www.canalizadordasalmas.blogspot.com

8.2.06

O Ensino Artístico em Portugal: sim.não!...talvez... a ver se...pois...como?... Manuel Almeida e Sousa

sim. não!... talvez... a ver se... pois... como?...
é assim.
e
as coisas seguem ao sabor dos ventos.
nada se decide.
o problema do ensino artístico no nosso país pode ser resumido precisamente assim:
- sim. não!... talvez... a ver se... pois... como?...
e
com o passar do tempo, os projectos e experiências mais sedutores e criativos do nosso ensino básico e secundário são fagogitados pelos senhores que os nossos votos colocaram nas cadeiras do ministério da educação.
cada um que vem, destrói o que o anterior fez - é a sede de apresentar serviço.
apresentam serviço...
e
a arrogância do poder impede-os de dialogar, de solicitar um parecer, de avaliar...

sempre foi assim!...
dizem alguns - acomodados.
e
ninguém diz mais nada.
ninguém questiona.
tão pouco os que deram horas e horas de trabalho gratuito para que as expressões artísticas se implementassem no espaço escola.
acabou, portanto, está dispensado dos nossos serviços, o senhor é contratado... bem vê...
(e nem sequer vale a pena agradecer, para quê? foi um serviço patriótico e a pátria sempre foi merecedora dos esforços dos seus cidadãos. tudo pela nação!...)

no que respeita às várias experiências no campo do teatro-educação, assim foi (também) - desde os tempos da opção de teatro no 9º ano de escolaridade, passando pelas oficinas de expressão dramática do secundário. tudo acabou sem uma pergunta, sem um diálogo com os dinamizadores (vários) que entraram pelas portas das escolas.
sem, enfim, uma avaliação das acções.
acabou
e
ponto final.
o confronto com as artes, com a criatividade, com espontaneidade... sempre incomodou aqueles que gerem o país.
é.
é assim.
e
pronto.
agora vem aí uma nova ideia, a do ensino artístico no 1º ciclo do ensino básico - um pouco na sequência da ideia do inglês ao mesmo nível de ensino...
mas
se o projecto do inglês não está cumprido... (e para quê cumprir um projecto com língua estrangeira quando a língua materna é descurada e maltratada?)
... vamos entrar noutra aventura sem perspectivas? para quê?
ah!...
para que as criancinhas estejam muitas horas na escola.
para fazer o favor aos encarregados de educação...
- com estas novas medidas podem depositar os vossos filhos às sete e meia da manhã e vir levanta-los às sete da tarde. sim. depois das compras no centro comercial.
e quem vai ser o professor de música, de teatro, de dança, de pintura, de cerâmica?...
resposta:
bem... os recursos locais...
muito bem.
está bem.
certo!...
e a formação? e a habilitação?
como sempre:
problemas menores...
entrementes os espaços universitários abrem licenciaturas, formam professores nas diversas expressões artísticas. dizem que "os meninos" vão ser professores, vão ser integrados numa carreira docente...
que bom.
- e se o senhor professor de física-quimica (por exemplo) tiver na escola onde está colocado um horário zero?
então o senhor professor de física-quimica vai a uma acção de formação de qualquer expressão artística - com créditos, claro - e passa a ocupar o espaço do jovem saído de uma universidade...
tão simples quanto isso.
claro que o inverso não é, de todo, possível.
onde é que se viu um professor especializado no ensino artístico a leccionar física-química?...
estamos num país do terceiro mundo, ou quê?...

manuel almeida e sousa

COMENTÁRIOS

Manel.
Boa malha.
O texto retrata bem o país.
Mas... enfim, outra coisa não seria de esperar de ti - afinal são muitos kilómetros da estrada desse paradigma que se chama expressão dramática e agora querem que seja teatro-educação(?). Sabemos lá o porquê dessas coisas...
Falta dizer que a experiência OED (secundário) não foi avaliada pelo ministério da educação do nosso país, mas foi e está a ser proposto pelo ministério da educação espanhol. Eles, os espanhóis, querem o modelo português para o secundário (já formam possíveis professores) e para o ensino básico vão optar pelo projecto inglês. Recusaram o modelo português do básico por não garantir continuidade e ter um programa feito em cima do joelho... (estive aqui a falar com o Diego. Foi ele quem me disse).
Lamento que o texto seja omisso no que respeita aquilo que é a "carreira académica" do teatro em Portugal (não deu para tudo, claro).
Hoje eu sou doutor em drama (graças à tua influência enquanto meu professor do 9º ano) não porque tenha o curso da Escola Superior de Teatro, mas pela minha outra licenciatura a de direito... portanto, o meu doutoramento com tese em "estética teatral" só foi possível por ser advogado, não por ser actor (au Portugal c'est comme ça).
Hoje, na universidade americana onde sou prof., resolvi fazer uma pesquisa pelas práticas da expressão dramática e, casualmente, vi o blogue - o teu nome levou-me a ler o que por lá se diz. E é triste. Muito triste. Ver que no meu país (no que respeita ao ensino artístico) está pior que no tempo da reforma do Veiga Simão (os valores culturais da democracia não chegaram ainda ao ensino, é isso?... ou não chegaram, mesmo, a Portugal?).
E seria de esperar outra coisa dos senhores que se apossaram dos meios de decisão?
Porque não falam disso?
Para que serviu a associação portuguesa de expressão dramática?
Porque não falar de quem é - hoje - responsável (melhor; irresponsável) e deixa cair (sabe-se bem porquê - ou calcula-se) a vertente dramática no ensino secundário? (que outras prioridades para esses senhores?).
Para quando, afinal, o fim desse 3º mundísmo e, sobretudo, desse compadrío que controla (ainda) a linguagem teatral do meu (ainda) país?
E já agora, por mera curiosidade; quem são os docentes - hoje - do conservatório e dessas universidades que resolveram abrir cursos na área do teatro?
Seria interessante abrir espaço a esse tipo de informação. Nós por cá (entenda-se fora da fronteira) já somos bastantes e gostaríamos de saber (não. Não é piada, mas pode vir a dar vontade não de rir, mas de chorar).

Gonçalo B. Santos



E assim é...A Arte tem a ver com o engenho para transformar os momentos mais cinzentos em caldeirões fervilhantes e isso assusta a "mediocracia".Não se faz porque é diferente, não se avalia porque pode ser aterrador ou contagiante e isso é perigoso!A criatividade deveria ser ponto fulcral da educação mas é bem mais tranquilizante o aluno que repete em vez do que propõe...É assim mas não tem que se manter, tenho trabalhado com pouca conta e todo o risco para demonstrar que na essência do Teatro está o melhor laboratório de vida, com problemas para resolver, equipas para funcionar, ideias para acontecer e finalizações para sentir a gosto de construir!Defendo que se deve trabalhar por Projecto, e mesmo neste momento estou a tentar encontrar um solução para um desses momentos der ocupação de crianças e espaços onde quase sempre falta a alma e sobram meninos cansados de nada saborearem e tanto vislumbrarem!!!Fui tua colega numa pós-graduação na faculdade de Letras e ontem mesmo me lembrei de ti!A Unesco aconselha as escolas a rápidamente chamarem artistas para com eles trabalharem e em Portugal parece que ainda há um estranho medo da subversão da Arte e da Criatividade por vezes por culpa de alguns exemplos de excesso de improviso.O método e fundamental na criação, como já disse e sinto na feitura de um projecto teatral ou para-teatral todas as competências são trabalhadas, como num momento de Vida!Rita Tormenta
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tormentaemcopodagua, at 6:22 PM